Frequentemente no nosso dia-a-dia fazemos os nossos rituais sem pensar. É já algo tão intrincado em nós que não perdemos tempo a questionar como seria dantes. Para nós é natural guardar os alimentos no frigorífico para os preservar ou recorrer ao telefone para encomendar comida quando não temos tempo ou vontade de cozinhar.
Colocar a roupa na máquina tornou-se um hábito e é, com certeza, uma ajuda tremenda na vida atarefada da mulher actual. Mas a mulher antiga, como o fazia? A mulher antiga, minhas amigas, dobrava as costas para lavar a sua roupa e tinha até um nome para definir a sua profissão. Era a lavadeira e todas as famílias da classe media tinham uma.
As águas eram limpas, as mulheres juntava-se e cantavam, rodeadas de ar puro e verde. As roupas ficavam com cheiro a sabão e eram colocadas nos estendais para secar ao sol.
Lembro-me que na terra da minha mãe, puro campo, havia no meio do pinhal um lavadouro e ainda vi as minhas tias e outras mulheres a lavar lá as suas roupas. Usava-se sabão azul e branco e nada de amaciadores ou a parafernália de detergentes que existem hoje no mercado.
Aqui, perto da minha rua, existe um mini-mercado com produtos do antigamente. Sabonetes de lavanda e para roupas delicadas. São biodegradáveis, feitos manualmente, sem ingredientes de origem animal ou testados em animais.
As embalagens são tão bonitas e estou entusiasmada para pôr a mão no sabão.