2 anos e a manta

Pois é, já são dois anos em que “A violeta dança” por aqui. Como forma de comemorar fiz esta manta que está disponível na loja.

Cada um dos 120 quadrados foi cosido à mão, levou-me muitos dias mas deu-me um prazer imenso. À medida que as minhas mãos se iam movendo, imaginava uma família com crianças que leva esta mantinha para o jardim e se sentam todos juntos a ler uma história.

Planeava, portanto, levá-la para a relva para a fotografar mas a chuva trocou-me as voltas e obrigou-me a improvisar. Imaginei-me a apanhar banhos de sol, como tal, um chapéu e um livro pareceram-me apropriados.

A manta tem dois lados, que podem ser usados consoante a vontade dos seus donos. Do segundo lado escolhi cores solares, com padrões suaves a contrastar com lisos.

Quando iniciei este blog estava cheia de ideias na cabeça, vontade de as pôr em prática e de as partilhar com pessoas. Pessoas que, tal como eu, precisam de se sentir criativas no seu dia-a-dia, que sentem comichão nas mãos e uma vontade imensa de aprender. Há um ano atrás, agradeci a essas mesmas pessoas que me têm acompanhado e que, de alguma forma, se identificam com o que aqui escrevo. Continuo a sentir-me ainda estranha neste mundo virtual, onde a maioria das pessoas adora receber feedback dos outros mas depois sentem-se com um ego demasiado grande para responder de volta. Isso talvez seja um reflexo dos dias que correm e do egoísmo desta sociedade demasiado perdida em futilidades…

Estou a precisar de uma pausa e de me concentrar um pouco na minha vida pessoal. Vou continuar a seguir o trabalho das muitas pessoas que visito diariamente, isso já se tornou um hábito que não me apetece perder. E, claro, continuo muito GRATA por cada comentário que aqui deixam, ou no meu Flickr ou página do Facebook. Nos próximos tempos, podem encontrar-me por lá.

Grata por tudo!

Um abraço

Feel Love

O que é sentir amor?

Não quero aqui entrar na definição de amor porque até então ainda não encontrei palavras para o descrever – talvez seja algo cujas palavras nunca chegam a ser suficientes…

Na minha breve experiência de vida, percebi que o amor não tem cores, formas, tamanhos, definições… Percebi também e encontro diariamente pessoas que dizem querer amor nas suas vidas mas não o conseguem encontrar. Porquê? Talvez por acharem que dependem sempre de outras pessoas para sentirem amor. Mas o amor só existe por pessoas? O amor é algo que só o ser humano pode sentir? Claro que não. Já perceberam certamente que existe amor no mundo animal. Quando uma mamã cadela amamenta as suas crias e zela por elas, por exemplo (por vezes, até amamenta crias de outras espécies se for preciso). Isso é amor, sem dúvida.

E na natureza não há amor? No sol que faz as plantas crescerem, nas árvores que nos oferecem frutos, sombra e madeira… Não é isso amor? A oferta infinita que a Mãe Terra nos proporciona, mesmo quando o ser humano não se porta tão bem com ela…

Então o amor parece existir em todo o lado, certo? Porque é que as pessoas julgam que só o podem encontrar noutro ser humano? E porque é que dependem de uma segunda pessoa para começarem a sentir amor? Talvez andem distraídas…

Sugiro a quem quer desesperadamente encontrar o amor que o comece a sentir. Que estejam mais atentos ao que se passa à vossa volta. Que acordem de manhã e observem o sol a entrar pela janela. Que dêem um passeio pelo jardim e reparem nos pormenores – as flores estão tão lindas agora na Primavera; as árvores estão no seu máximo esplendor, fortes, majestosas; sintam a relva com os pés descalços. Sintam o amor que a terra vos oferece, encham os pulmões de gratidão por esse gesto totalmente altruísta da natureza que vos envolve.

Sentir amor parte de cada um, da vontade que existe dentro de nós. Todos precisamos de amor!

Para terem amor nas vossas vidas, basta senti-lo. E, sejamos claros, se amarem o outro, acham que não recebem amor de volta?

saudosismos

Há 20 anos atrás conheci Nirvana. Tinha apenas 10 anos e posso garantir que a minha visão musical (isto é uma incongruência?) mudou para sempre. O meu primo N. (Olá primo!) foi o “culpado” quando apareceu lá em casa com o Nevermind em k7. Percebi que gostava mesmo daquilo quando uma manhã acordei literalmente a cantar uma das músicas… até hoje.

Reencontrei a k7 do meu Unplugged de Nirvana e não resisti a mostrar-vos. Ainda tem os selos e o preço! Dois mil, trezentos e quarenta escudos, para ser mais exacta. Vocês ainda guardam as vossas k7´s? Eu tenho todas, inclusive autênticas preciosidades cheias de gravações de músicas que apanhava da rádio! Que pena os miúdos de hoje não saberem a satisfação que era…

Nirvana – Oh Me (Unplugged in NY) from rotten apple on Vimeo.

Eu e os meus saudosismos… N. não tenho a certeza se gostavas do formato acústico mas olha… esta é para ti!

pé ante quadrado

Ainda muito trabalho pela frente…

Podia coser tudo à máquina e poupar imenso tempo mas prefiro picar o dedo com a agulha repetidamente. E assim entro numa espécie de meditação, onde me afasto dos problemas do dia-a-dia e começo a percorrer os caminhos que eu própria escolho.

Penso que o processo criativo é isto: perdermo-nos de nós mesmos para nos encontrarmos um pouco aqui e ali.

Dias felizes

Gostava que o fim-de-semana tivesse outro nome. Estes dois dias que marcam, de facto, o final da semana são muito mais do que um final. São dias de descanso, em que finalmente nos abstraímos da loucura do dia-a-dia e os sorrisos aumentam, as famílias reúnem-se, dão-se passeios. Não acham que merecia um nome mais apropriado? Por aqui:

– fiz tarte de limão para o lanche, com chá branco a acompanhar;

– as pernas esticam e finalmente relaxam – o contacto com a natureza é tudo o que preciso para me conectar de novo comigo mesma;

– apreciar os nossos queridos em momentos de pura beleza;

– fotografar à maluca e, de vez em quando, encontrar surpresas engraçadas;

– dar mimos, muitos mimos… cada dia que passa é uma vitória;

– fazer refeições simples mas especiais (podem ver a receita aqui).

Sem dúvida, preciso de arranjar um nome para o sábado e domingo. Hmm

E que tal, Dias felizes?

do nada do quadrado

Estes são só alguns dos quadrados que tenho andado a fazer. Ainda em branco porque do nada nasce a ideia, se inicia o processo de construção. Ao branco do papel vão-se adicionando cores e, em pouco tempo, com imagens fervilhando na cabeça, padrões que se adaptam uns aos outros, cores que se conhecem e aprendem a gostar umas das outras, o resultado final começa a notar-se.

Terei algum trabalho para os próximos dias mas as minhas mãos já se movem, ansiosas de emoção. Vou andar mais ausente deste espaço mas volto para mostrar o progresso e resultado final.

Fiquem bem.